Herói em 2010, Iniesta diz que bi-mundial é 'quase impossível'

Andrés Iniesta, meio-campista da seleção espanhola, afirmou nesta terça-feira, em entrevista à revista GQ, que ganhar a Copa do Mundo “é algo quase impossível”.

O ex-Barcelona analisou as chances da Espanha no Mundial da Rússia que começa no próximo dia 14. O herói na África do Sul, quando marcou o gol do título espanhol na Copa de 2010, é consciente da dificuldade de repetir o título.
“Temos que valorizar o que conseguimos e ser conscientes de que ganhar um Mundial é algo quase impossível, muito, muito difícil. Ir passando de fase, uma a uma, tem uma dificuldade máxima. Sim, o que aconteceu no Brasil há quatro anos deve servir de alerta para este Mundial. Vamos todos para a Rússia com os pés no chão”, disse.

Para Iniesta, a Espanha tem uma “grande seleção” que vive uma fase diferente, com outro treinador, Julen Lopetegui, e com jogadores jovens que foram aparecendo nos últimos tempos para se juntarem aos veteranos.

“É uma boa mescla de juventude e experiência. Isso é algo a mais. No papel, nossa seleção pe uma das que podem sonhar, mas só se mantermos o nível. As favoritas? Diria que as de sempre: Brasil, França, Argentina e Alemanha. E tambpem sempre tem uma seleção surpresa que vai muito bem. Respeito a todas por igual”, garantiu.

Por outro lado, ele reconheceu que a Espanha não estava à altura na Copa do Mundo do Brasil, em que acabou não chegando sequer às oitavas, sendo eliminada ainda na fase de grupos.

“Não estávamos no nível que devíamos estar. Não acredito que tinha um fator específico para culpar: por isso ou aquilo. Nem cansaço, nem falta de atenção. Mas por um acúmulo de coisas”, disse.

Iniesta também lembro sobre o gol que marcou contra a Holanda na final de 2010, e disse que ainda pode sentir como se fosse “ontem mesmo”, e que o tempo não o fez mudar a forma de lembrar daquele momento específica.

“O fato de estar lá, controlando aquela bola, o exato segundo de chutar, correndo para comemorar com os companheiros, vai passar o tempo que passar, mas vou sempre manter isso em mente, tanto pela experiência quanto pela intensidade. O que posso dizer? É um momento único na vida", disse.

Quando perguntado sobre como seria caso tivesse errado aquele chute, ele disse que o futebol e o esporte têm dessas coisas “para o bem e para o mal”, e voltou a falar sobre como viveu o momento do gol.

“Passou tudo muito rápido, me vi diante do goleiro e só pensava em chutar. O que me lembro é de uma sensação – um pouco diferente – como de não escutar nada. Ficou um silêncio instantâneo ao meu redor. Éramos eu e a bola. Só nós dois. Quando você vive algo assim, não sei, é extraordinário”, completou.

Comentários

Postagens mais visitadas