FBI não vai revelar quem vendeu ferramenta que hackeou iPhone de terrorista

Uma juíza norte-americana determinou que o FBI, o equivalente norte-americano à nossa Polícia Federal, não precisará revelar nenhum detalhe acerca do software adquirido para hackear um iPhone encontrado em posse de um dos terroristas do ataque de San Bernardino. O ocorrido se deu em dezembro de 2015, e, nos meses seguintes, o FBI tentou forçar legalmente a Apple a criar uma ferramenta que permitisse à investigação quebrar o código do aparelho sem ativar uma formatação do sistema.
A Apple lutou contra a agência para não ser obrigada a liberar o recurso ao governo, mas o FBI abandonou a disputa alguns meses depois porque uma empresa de segurança digital teria entrado em contato para oferecer um software capaz de desbloquear o iPhone 5c e permitir a coleta de todos os dados do terrorista armazenados lá.
Lei de transparência
O FBI, entretanto, não liberou nenhuma informação sobre quem vendeu a ferramenta que lhe permitiu ter acesso ao smartphone do terrorista por questões de segurança. Membros da imprensa norte-americana, contudo, processaram o órgão por meio da lei de transparência norte-americana para que os detalhes básicos fossem revelados.
A juíza responsável pelo caso, por outro lado, aceitou os argumentos do FBI para manter o sigilo. 
Em outras palavras, o FBI estaria preocupado com a revelação do nome da empresa porque isso a tornaria um alvo de hackers, uma vez que todo mundo saberia quem fez a ferramenta capaz de hackear o iOS. Assim, todo mundo que gostaria de fazer o mesmo lançaria ataques dos mais variados tipos para tentar invadir a rede da companhia em questão e roubar uma cópia do seu software.
Inicialmente, rumores diziam que uma empresa israelense teria vendido a ferramenta para hackear o iPhone 5c, mas outros rumores foram desmentindo essa história. Também não sabemos quanto foi pago pela compra do software, mas fala-se em cifras que vão desde US$ 15 mil até US$ 1 milhão.

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