Jogue como uma garota: “Donzela em Defesa” mostra o cenário gamer feminino

E não é de hoje que sabemos de relatos de assédio, machismo e preconceito nesse meio. Por isso, um projeto de TCC de Jornalismo resultou no documentário “Donzela em Defesa”, que pretende discutir o espaço e a participação das mulheres nos video games.
Segundo os criadores, o objetivo do projeto é promover debates sobre o assunto, tornando assim esse ambiente acolhedor não só para homens, mas também para as mulheres. O slogan “jogue como uma garota” desmonta a concepção de que os video games pertencem ao gênero masculino.
Já diria a filosofia que o homem nasce vazio e começa a adquirir valores conforme o meio em que vive. Por isso, em um local onde há hipersexualização e padronização da imagem feminina, frases como “volta pra cozinha” e “terminou de lavar a louça” são comuns, e experiências como essas são relatadas por garotas gamers no documentário.

Como são retratadas as mulheres

Sutiãs, roupas pequenas e fragilidade são frequentemente mostradas nas personagens mulheres de grandes jogos. A canadense Nathalie Down, especialista em estudos de gênero, discute no documentário sobre a reprodução de “gritos femininos” nos games.
“Os ‘gritinhos’ de luta são geralmente muito agudos e quase podem ser confundidos com gritos sexuais”, diz Down. “Você não sabe se ela está tendo um orgasmo ou chutando alguém na cara”, completa.

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